O presidente da Associação dos Munícipios Alagoanos, Hugo Wanderley, participa nesta segunda-feira, 08, de uma audiência pública para debater alterações acionárias e a suposta venda de ações da empresa petroquímica Braskem. A sessão foi proposta pelo presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), senador Renan Calheiros.
O presidente da Comissão afirma que a Braskem é “causadora da maior tragédia socioeconômica-ambiental urbana do mundo, em março de 2018, na cidade de Maceió, Alagoas, motivada pela exploração de sal-gema, com reflexos negativos para a imagem internacional do Brasil”.
O município de Maceió foi atingido por um processo de afundamento de cinco bairros residenciais, causado pelo processo histórico de extração de sal-gema pela Braskem (empresa petroquímica geradora de resinas termoplásticas) para produção de PVC e soda cáustica. O afundamento impactou 200 mil pessoas e fez 17 mil abandonarem suas residências.
Hugo Wanderley afirma que este é um importante momento para se debater os próximos passos do futuro da Braskem, que busca resolver seus problemas deixando de lado os problemas causados por eles às vítimas alagoanas.
Convidados
Confirmaram presença no debate o governador de Alagoas, Paulo Dantas; o deputado federal Rafael Brito ; e o coordenador do Núcleo de Proteção Coletiva da Defensoria Pública do Estado de Alagoas, Ricardo Antunes Melro.
Também devem participar Isadora Padilha de Holanda Cavalcanti, presidente do Instituto para o Desenvolvimento das Alagoas; e os professores Abel Galindo Marques, José Elias Fragoso Pereira e Edson José de Gouveia Bezerra.
Foram convidados para a audiência pública dois moradores de Maceió atingidos pelo afundamento: Camila Dellagnese Prates e Antônio Domingos dos Santos.
Fonte: AMA – Associação dos Municípios Alagoanos